Em suas prováveis despedidas de Mundiais, Cristiano Ronaldo e Pepe param na força marroquina
Não foi desta vez. A Seleção Portuguesa até tentou de diversas formas, mas parou em Marrocos nas quartas de finais da Copa do Mundo do Catar. Quando a pontaria não foi o problema, lá estava o goleiro Bono para encaixar mais uma bola ou a defesa adversária para interceptar mais um cruzamento. Enquanto isso, em um lance de infelicidade de Diogo Costa, Youssef En-Nesyri cabeceou e marcou o gol solitário da vitória marroquina, que coloca – pela primeira vez na história – uma equipe do continente africano entre as quatro melhores do mundo.

A trajetória portuguesa para a Copa terminou como começou, trazendo o sentimento de frustração – e por que não também de revolta? No dia 14 de novembro de 2021, Portugal recebeu a Sérvia, no Estádio da Luz, precisando de um simples empate para garantir a vaga direta no Mundial. Saiu na frente e tomou a virada no último minuto do jogo, com gol de Mitrović. Com isso, as Quinas precisaram passar por uma dupla repescagem – que poderia ser mais difícil do que foi. Primeiro a Turquia e depois a Macedônia do Norte, que eliminou a Itália.
Durante todo o caminho para o Catar, o torcedor português sofreu. Chegou a ter um alento após vitórias convincentes contra Gana, Uruguai e, principalmente, contra Suíça nas oitavas. Mas o sentimento foi avassalador com a eliminação diante de Marrocos justamente pela expectativa criada. A sensação foi a mesma contra a Sérvia pelas eliminatórias. Portugal abriu o placar e trouxe esperança – assim como a goleada diante dos suíços – mas a virada foi como o gol da classificação marroquina.
Daqui para frente, o sonho ainda permanece para a próxima Copa, em 2026, na América do Norte (Estados Unidos, México e Canadá). Mas, desta vez, precisará ser capitaneada por novos nomes, já que Cristiano Ronaldo, Pepe e o treinador Fernando Santos dão indícios do fim das suas passagens, seja por idade ou por desgaste.