Com direito a três gols de Lewandowski, o time de Jorge Jesus sofreu mais uma goleada para os bávaros
Enfrentar o Bayern de Munique na Allianz Arena não é tarefa fácil para nenhum clube do mundo. Por isso, até o torcedor mais otimista do Benfica já sabia que seria um confronto difícil, porém esperava uma postura diferente do time.
Jorge Jesus surpreendeu a todos poupando os principais jogadores. Pendurados, Otamendi, Weigl e Rafa se juntaram a Darwin nas ausências desta partida. Para substituí-los, JJ optou, respectivamente, por Morato, Meité, Everton e Pizzi.
A partida até começou boa para os portugueses. Controlando o Bayern, o time teve boas oportunidades chegou até a marcar com Veríssimo, mas gol foi invalidado por impedimento de Pizzi no lance.
O Benfica suportou por 25 minutos até que surgiu Robert Lewandowski. O polonês completou o cruzamento de Coman e inaugurou o marcador para os alemães. Detalhe é que a jogada foi criada em cima de Grimaldo que tem os seus problemas defensivos evidentes e que são sempre aproveitados pelos rivais.
Minutos depois,com um meio campo que não marcava e também não criava, o Benfica teve mais um erro de saída de bola. Desta vez, Lewa fez o papel de garçom e serviu Gnabry que, de letra, fez o segundo gol da partida.
O time da Luz deu uma esperança ao seu torcedor, que assistia com medo o que poderia e viria a acontecer. Em jogada ensaiada, Grimaldo cruzou e Morato subiu mais alto do que todo mundo e testou para diminuir o marcador.
Antes do intervalo, ainda teve espaço para um pênalti para o Bayern, depois da bola estourar no braço de Veríssimo. Na bola, Lewa, que não costuma perder, bateu muito mal e Vlachodimos apenas encaixou. Aqui abre espaço para citar um dos únicos pontos positivos do Benfica no jogo. Por muitas vezes criticado (e com razão), o arqueiro fez belas defesas e evitou um placar mais elástico no jogo.

No segundo tempo, o sonho do empate encarnado durou apenas três minutos. Foi o tempo que o Bayern teve para criar uma jogada e a bola sobrar nos pés de Sané. O alemão chutou de primeira no cantinho, sem chances para o goleiro Odysseas. O quarto veio em mais uma troca de passes envolvente que deixou Lewa na frente do gol para finalizar.
Nesse momento, Jorge Jesus colocou alguns dos jogadores que havia poupado. Darwin foi um deles e foi quem recebeu o passe de João Mário para tocar por baixo de Neuer e diminuir mais uma vez. Aliás, estes dois gols do Benfica significaram os primeiros tentos sofridos pelos alemães nesta Liga dos Campeões.
Para sacramentar, Lewa recebe passe em profundidade de Neuer e marca o seu terceiro no jogo e decretando os números finais da partida: 5 a 2 para confirmar a classificação alemã. Depois disso, o Bayern foi muito mais burocrático do que eficiente e optou por não forçar a barra.

A verdade é que Jorge Jesus poupou seus principais jogadores, mas o Bayern não. O time de Julian Nagelsmann não precisou de muito esforço para conseguir golear. Se serve de alento para o torcedor benfiquista, não foi uma exclusividade, mas poderia ter tido outro caminho e postura dentro de campo.
Mas o problema não foi este jogo. A frustração esteve no tropeço diante do Dínamo, em Kiev. Nesta rodada, o Barcelona, mesmo com todos os seus problemas, conseguiu a vitória mínima com Ansu Fati e voltou da capital ucraniana com os três pontos, roubando o segundo lugar dos portugueses.
Com esse cenário, o Benfica precisará juntar as forças, recuperar o bom futebol e ir à Barcelona conquistar a vitória, se quiser avançar de fase na Liga dos Campeões. Fácil? Não será, mas a equipe tem qualidade e investimento para ser a segunda força neste grupo.