Com dois gols de Darwin e um de Rafa Silva, o time de Jorge Jesus não teve dificuldades para sair com a vitória e deixar a torcida em delírio
Na entrevista de pré-jogo do confronto desta quarta (29), Jorge Jesus até avisou: “É o treinador do Barcelona (Ronald Koeman) que tem que quebrar a cabeça para pensar como parar Rafa e Darwin.” O treinador ex-Flamengo parecia até prever o que iria acontecer na partida no Estádio da Luz pela segunda rodada do grupo E.
Logo aos 3’, Darwin Nuñez recebeu lançamento de Weigl, driblou Eric Garcia e chutou no contrapé de Ter Stegen, que nada pôde fazer. Estava inaugurado o marcador para delírio até do mais otimista torcedor do Benfica. E o time não parou. Empurrado pela atmosfera do estádio e pelo sistema de pressão alta de marcação, as águias tomaram as rédeas no início do jogo.

O Barcelona também teve as suas chances, mas parou na falta de pontaria de seus atacantes e em uma atuação sólida da defesa benfiquista. Em um dos lances mais perigosos, Luuk de Jong recebeu sozinho no meio da área e finalizou, mas foi bloqueado por Lucas Veríssimo que evitou o gol, já que Vlachodimos já havia sido batido. Praticamente um gol do defensor da Seleção Brasileira. Em contrapartida, péssima noite de Luuk de Jong e Memphis Depay, a dupla de ataque holandesa do Barcelona, que não teve sucesso em nenhuma jogada tramada.
Ainda antes do intervalo, Koeman tirou Piqué que já havia levado cartão amarelo e corria o risco da expulsão. Do lado português, a baixa ficou por conta de Valentino Lazaro que saiu machucado para a entrada de Gilberto.
A última vitória do Benfica diante do Barcelona ocorreu em 1961, quando ambos os times se enfrentaram na final da Taça dos Campeões e os encarnados venceram por 3 a 2.
Na segunda parte, a superioridade do Benfica ficou ainda mais escancarada. O time dava a bola ao Barcelona e buscava os contra-ataques. Em uma destas escapadas, Ter Stegen acabou saindo mal do gol e acabou sendo driblado por Darwin, mas o uruguaio acertou a trave depois de chutar um pouco depois da linha de meio campo.
Mas, a persistência do Benfica foi recompensada. Depois de bela tabela entre Yaremchuk e João Mário, a bola sobrou no rebote para Rafa Silva marcar o segundo gol da partida. Já nos minutos finais, Gilberto cabeceou em direção ao gol, mas a bola estourou na mão de Sergiño Dest. O árbitro não marcou a princípio, mas bastou poucos segundos no visor do VAR para assinalar a grande penalidade. Na marca da cal, Darwin Nuñez não titubeou e deu números finais à partida. Benfica 3 a 0.

Do outro lado, um Barcelona apático que sequer finalizou na direção do gol de Vlachodimos e ainda contou com a expulsão de Eric Garcia já nos minutos finais, enquanto a torcida encarnada já festejava ao som de “Olé”.
Destaque da partida: Darwin Nuñez. Além dos dois gols marcados, o atacante contribuiu na movimentação do setor ofensivo e também na recomposição defensiva. Com os tentos de hoje, chegou ao 7º em competições internacionais: 5 pela Liga Europa e 2 pela Liga dos Campeões, sendo todos à serviço do Benfica.
Vitória histórica e que impõe respeito. Há alguns anos que o Benfica não conseguia um resultado tão expressivo na Liga dos Campeões. Com isso, mostra que time pode avançar de fase e competir tanto internacionalmente quanto nas competições nacionais. Agora, o desafio é bem maior. O Benfica encara o Bayern de Munique nas próximas duas rodadas. O mesmo Bayern que goleou o Dínamo de Kiev por 5 a 0 na Allianz Arena e é líder do grupo com 6 pontos.