Quando o campeonato começou, certamente ninguém apostaria que você, Sporting, seria campeão. Você não tinha o investimento faraônico do Benfica e nem a força de um elenco campeão como o do Porto. Pelo contrário, você tinha perdido sua estrela na temporada anterior e estava apostando tudo num jovem treinador de apenas 36 anos. Simplesmente você era o azarão em meio aos fortes.
E não é que deu certo. Esse jovem treinador atendia pelo nome de Rúben Amorim, que chegava repleto de dúvidas, mas que logo tratou de mudar essa visão. Enxergou jogadores com potencial espelhados pela Europa e apostou nos miúdos, que foram lapidados como diamantes.
O sucesso do Sporting é humilde. Começa com Adán, um guarda-redes sem holofotes, mas fundamental. Coates foi o guardião da defesa que, em alguns momentos, resolveu no ataque. Pedro Porro e Nuno Mendes os desafogos pelas laterais. Todos com as suas funções, mas que juntos, fizeram a melhor defesa da liga com 15 gols sofridos em 32 jogos. Aliás, essa foi a chave pro sucesso, a conjunto.

Mais à frente, o vigor de Palhinha e a máquina Pedro Gonçalves. Quem diria que este miúdo marcaria 18 vezes e seria um dos melhores marcadores do campeonato. Jovane Cabral, o 12° jogador que, em muitas vezes, resolveu com aquele drible ou cruzamento preciso. A verdade é que citei apenas alguns jogadores, mas poderia usar todo o plantel, cada um foi fundamental à sua maneira. Afinal, onde vai um, vão todos.
Este é o 19° título do campeonato do Sporting. O último eu já era nascido, mas confesso que não me lembrava. Valeu a pena esperar? Talvez eu diga que não, aliás, é sempre bom ganhar. Mas não é que deu um gostinho especial?
Viva, os Leões. Viva o Sporting Clube de Portugal !