Com um gol de pênalti para cada lado, Toni Martínez resolve para os portistas que agora pensam no Chelsea
Depois da pausa para as Eliminatórias do Catar e da Eurocopa Sub-21, o Porto voltou para o campeonato português com algumas mudanças. Zaidu, Mbemba e Tecatito Corona foram preservados devido ao desgaste a serviço das seleções e já pensando no próximo confronto contra o Chelsea pela Liga dos Campeões, na próxima quarta (07). Com isso, Nanu, Diogo Leite e Luis Díaz ganharam mais uma chance a titular frente ao Santa Clara. Aliás, foi o colombiano Díaz que fez o gol no jogo da primeira volta, nos Açores, quando o Porto venceu por 1-0.
O jogo prometia ser difícil. Apesar de alguns desfalques e empate na última rodada contra o Tondela, a equipe de Daniel Ramos faz a melhor campanha da história no campeonato português, que inclusive já tirou pontos de Braga e Benfica. Contudo, não se esperava que fosse ser tão complicado.
A partida já começou diferente. Logo aos 8’, os Açorianos balançaram as redes de Marchesín com Carlos, porém foi assinalado impedimento. Fora isso, o primeiro tempo foi tão sonolento que realmente não houve muito o que comentar. Sérgio arriscava de longe, mas sem muito perigo. O time do Porto tinha a bola, mas não conseguia ameaçar a meta adversária. Faltava repertório e criatividade. A diferença tática das últimas partidas fica por conta de Manafá pela esquerda, sendo a lateral direita sua posição de origem. O jogador tinha muita liberdade para avançar, mas esbarrava também na falta do forte coletivo do Porto.
Contudo, na segunda parte, logo aos 47’ parece ter tido mais emoção. Taremi é lançado e derrubado dentro da grande área pelo arqueiro Marco Pereira. O árbitro da partida marca a grande penalidade. Na marca da cal, mais uma vez, Sérgio Oliveira não perdoou. Chute forte no meio da baliza retirou o zero do placar. Parecia ter aliviado o torcedor portista.
Mas, por pouco tempo. No minuto 56, Pepe e Marchesín não se entendem com quem fica a bola ao serem pressionados por Rui Costa. A bola, sem dono, sobrou no meio da área até que Lincoln ia arrematar pra baliza sem goleiro, quando foi derrubado por Diogo Leite. Novamente uma grande penalidade. Dessa vez, para Os Açorianos. Carlos marca no ângulo sem qualquer hipótese para Marche. O placar estava novamente igual: 1-1.
Mais uma vez, o Porto não tinha criatividade. O Santa Clara recuou e buscava apenas o contra-ataque. Taremi perdia chance atrás de chance. Aliás, parecia que nada daria certo para o iraniano hoje. Uribe deixou-o na frente da baliza, mas ele perdeu. Aos 62’, um possível pênalti para o Porto foi questionado por Sérgio Oliveira. Após cobrar falta, a bola bate na cabeça de Villanueva e vai de encontro a mão de Nené. Checagem rápida do VAR mas sem nenhuma interferência na decisão do árbitro de campo.
O jogo caminhava para um empate sem graça em uma tarde/noite no Porto. Até que Sérgio Conceição decide colocar Toni Martínez em campo. Ainda deu tempo do Santa Clara quase marcar em contra-ataque, mas interceptado por Pepe. No lance seguinte, Toni leva amarelo após derrubar o adversário que segurava a bola para evitar a cobrança rápida. Segundos depois, estava dentro da grande área para receber um cruzamento preciso de Tecatito e colocar no canto inferior direito de Marco. Estava assim finalizado o placar: 2-1 para o Futebol Clube do Porto no último minuto da partida.
O Porto de fato não fez uma boa partida. Faltou em muitos momentos intensidade que é entendida pelo ritmo frenético de jogos, mas também faltaram qualidade para furar a defesa adversária, repertório e calma. Além disso, uma partida muito faltosa. Foram 23 faltas pelo lado do Santa Clara e 17 do Porto, ou seja, 40 faltas ao todo, sendo uma média de quase uma falta a cada dois minutos, o que retira qualquer dinâmica da partida.
É para ligar o sinal para o confronto contra o Chelsea, mas, no fim das contas, o que fica para o campeonato e para história são os 3 pontos conquistados. O Santa Clara continua sem vencer o Porto fora de casa, que segue na caça ao líder Sporting.
Futebol das Quinas 