Depois de abrir 2×0 na primeira parte, Portugal toma dois gols sérvios e no último lance vê árbitro não validar gol de Cristiano, que poderia dar a vitória
Portugal veio para esse segundo jogo das Eliminatórias para o Catar com 6 alterações no 11 inicial. Talvez a mais importante delas tenha sido a entrada de Diogo Jota, mas comentamos o porquê mais à frente. O jogo era visto como uma decisão porque uma vitória fora de casa para Portugal poderia significar um avanço considerável no caminho ao Mundial. Isso porque os sérvios são, teoricamente, a segunda força do grupo que pode causar algum empecilho nesta trajetória.
Agora, partindo para o jogo, podemos dividi-lo bem em duas partes. O primeiro tempo foi certamente verde e vermelho. Pelo lado direito, Portugal construiu as duas jogadas que terminaram na cabeça de Diogo Jota. Na primeira, o avançado do Liverpool recebeu de Bernardo e, na segunda, de Cédric Soares. Ironicamente, dois rivais na Premier League. Cédric pelo Arsenal e Bernardo do City.
Era um jogo controlado, que as Quinas não sofriam pressão. Destaque para sempre as duas duplas que se formavam pelas laterais. Do lado direito, Bernardo e Cedric e, pela esquerda, Jota e Cancelo com Cristiano flutuando ora por um lado, ora por outro. Com isso, conseguiu acertar duas vezes a baliza sérvia e fazer dois golos.
Contudo, chegamos a inglória segunda parte. Logo aos 40 segundos, a Sérvia desconta com Mitrović, o maior artilheiro de todos os tempos da seleção. Detalhe para a falha pelo lado esquerdo com Cancelo e depois Fonte, que não consegue tirar a bola do avançado sérvio. Minutos depois, em contra-ataque de almanaque, Kostić aparece na frente de Antony Lopes, que nada pode fazer. Estava feito. Portugal sofria 2 gols em 15 minutos. Aliás, graças ao arqueiro português, a Sérvia não virou minutos depois.
Em comum, ambos os lances tiveram a participação fundamental de Radonjić, o camisa 7 das Águias Brancas. Lançado no intervalo pelo treinador, mudou a partida do sonho para o pesadelo lusitano.
Com a entrada de Renato Sanches e Nuno Mendes, Fernando Santos parece ter consertado o apagão do time. Enquanto todos já pareciam aguardar o apito final, Milenković acerta Danilo e é expulso. Bom, agora sim parecia o final. Nos enganamos mais uma vez. Nuno Mendes lança Ronaldo, que arremata na saída em falso de Dmitrović. A bola ia entrando (ou será que entrou?) até que o capitão Stefan Mitrović chega de carrinho e retira a bola. O árbitro e o fiscal de linha não validam o gol para desespero de Cristiano Ronaldo.
Nesses momentos é que evidenciam que o VAR e o recurso da linha do gol são necessários. Este lance pode ter tirado 2 pontos da seleção portuguesa no apuramento para o Mundial. Pode custar caro. Em segredo, conto para vocês que acho que a bola entrou totalmente, mas infelizmente não estava lá em Belgrado para assinar o golo.

Bem verdade que, pelo primeiro tempo, Portugal merecia algo melhor. Pelo segundo, deve ficar contente com o resultado. Mas é justa a indignação com o lance final, mas deve abrir o olho para não ter mais emoções até o Mundial.
Pelo outro jogo do grupo, Luxemburgo venceu por 1×0 a Irlanda com gol de Gerson Rodrigues. Resultado surpreendente para os luxemburgueses que agora enfrentarão Portugal na próxima terça (30) na Cidade de Luxemburgo. Jogo será fundamental para os portugueses, que buscarão não só vencer, mas conseguir bastantes gols, já que o regulamento dá vantagem ao saldo de gols como critério de desempate.
Já o Azerbaijão, que folgou nessa rodada, voltará a campo no mesmo dia contra a seleção da Sérvia, em Baku. Já a Irlanda, descansará após duas derrotas e ficar distante da tão sonhada vaga no Mundial.
Na classificação, Sérvia lidera por ter feito mais gols, quando venceu a Irlanda por 3-2, enquanto Portugal foi econômico no 1-0 diante à Seleção Azerbi. Terão ainda mais 6 jogos para cada seleção, mas a promessa é que a vaga fique realmente entre os dois favoritos que se reencontrarão em Lisboa, na última rodada, em novembro deste ano.