Com a expulsão de Chidozie logo no início do jogo, Boavista jogou reduzido a 10 jogadores quase a partida inteira

O jogo no Estádio da Luz foi tão morno como a travessia de um barco em uma lagoa. Sem muitos percalços, o Benfica começou a construir o resultado ainda no primeiro tempo. Mas, antes disso, aos 5’ Weigl rouba a bola na zona central do campo, acionando Pedrinho que encontra Waldschmidt. Com um domínio rotatório, o atacante alemão entrava na área sozinho até ser derrubado por Chidozie. A princípio, o árbitro apontava para a marca fatal de grande penalidade, mas, com a revisão do VAR, marca falta fora da área e troca a cor do cartão: de amarelo para vermelho. Assim, reduzindo os axadrezados a 10 em campo.

A partir disso se viu um ataque contra uma defesa. Ou melhor, cruzamentos contra rebatidas. O Benfica, em mais um jogo, usou e abusou de lançamentos para a grande área. Do outro lado, o Boavista não conseguia reagir, parecia estar em um evidente nocaute, mas o lutador adversário não sabia como finalizar.

Com muita insistência, parecia inevitável que uma hora sairia o gol. Diogo Gonçalves rouba pela direita, arranca e cruza para Seferovic desfazer o zero do placar. E não aconteceu mais nada de interessante no primeiro tempo.

Já na volta do intervalo, Seferovic apareceu de novo. Ao receber um cruzamento preciso de Diogo Gonçalves, cabeceia para fazer o 2-0. Sim, parecia replay do gol anterior e assim foi. Mais uma assistência para o lateral benfiquista e mais um gol do atacante suíço, que agora soma 12 gols na Liga Portuguesa.

Benfica engata a 3ª vitória consecutiva no campeonato. Reprodução: @SLBenfica

A verdade é que o Boavista também não ofereceu muita resistência. Com um jogador a menos, fez o óbvio recuo com uma linha de 5 defensores, 3 no meio campo e Elis mais avançado. Aguardava qualquer oportunidade de contra-ataque para surpreender o time de Lisboa, o que não ocorreu.  

Com um placar a favor e um Boavista sem reação, Jorge Jesus fez alterações. Aliás, que banco de luxo do Benfica com Darwin Nuñez, Pizzi, Everton Cebolinha, Gabriel e companhia. Todos entraram, mas nenhum correspondeu a altura do que a torcida espera. Darwin até teve algumas chances, mas desperdiçou todas.

 O Benfica até fez outros gols. Taarabt, ainda na primeira etapa, e Seferovic marcaram, mas ambos anulados. O primeiro, por falta do marroquino e o segundo por impedimento do suíço. As outras oportunidades pararam ou na má pontaria encarnada ou na boa exibição do guarda-redes do Boavista. Léo Jardim fez uma exibição que evitou um placar mais elástico. Do outro lado, Helton Leite nem precisou lavar o uniforme. O Boavista simplesmente não acertou sequer um chute na direção da baliza.  

Outro número que assustou foram os 13 cantos, ou melhor, escanteios para a equipe de águia no peito. Muitos escanteios sem nenhuma eficácia. Por diversas vezes, cobrado de forma curta, que resultava em mais cruzamentos ou em perdas de bola para o adversário. Não tem surtido efeito essas jogadas ensaiadas de Jorge Jesus.

Na primeira volta, o Boavista havia vencido por 3×0 o Benfica no Estádio do Bessa. Aquele resultado acabou dando indícios do que viria adiante para a temporada encarnada. A verdade é que desta vez, sem grandes emoções, o Benfica vence por 2×0 e mostra sinais de maior consolidação da equipe na Liga Portuguesa.

No próximo domingo (21), o Benfica vai ao norte de Portugal enfrentar o Braga. Jogo será fundamental para a conquista da vaga da Champions League da temporada 2021/22. A esperança do torcedor encarnado está na defesa, que mais uma vez passou em branco, e no seu artilheiro: Haris Seferovic.